Está aí mais um produto bancário do qual você pode tirar proveito. A conta conjunta pode ser aberta junto com o cônjuge ou com um parente próximo. E, segundo os especialistas, é uma excelente estratégia para economizar e para aprimorar a organização financeira, facilitando o planejamento do orçamento familiar.
Para o educador financeiro Samyr Castro, diretor do BankRio Financial Planning, o mais importante é que as duas partes cheguem a um acordo sobre como a conta será utilizada. “Essa conta pode ser solidária, quando ambos podem movimentá-la livremente. Mas também pode ser do tipo não-solidária. Nesse último caso, sempre que um precisar usar a conta, o outro terá que aprovar”, explica.
Contas conjuntas, em geral, são mais eficientes do ponto de vista financeiro. Afinal, quando duas pessoas unem suas forças – e rendimentos – e constroem um bom histórico financeiro, ambas elevam o poder de barganha com as instituições financeiras. “O importante é que as decisões sejam tomadas em conjunto: poupar, se sacrificar, financiar ou definir a verba que cada um terá direito a usar são estratégias que ajudam a equilibrar as finanças como um todo”, explica Gustavo Cerbasi, mestre em finanças pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.
De acordo com Cerbasi, a principal vantagem de ter uma conta conjunta é a redução de custos, já que, diante de um montante maior no banco, fica mais fácil pedir desconto na tarifa mensal que se paga pelo pacote de serviços, por exemplo. Além disso, como os rendimentos de duas pessoas se acumularão em uma conta só, pode ser menos burocrático e mais simples pedir empréstimos ou até negociar boas oportunidades de investimentos.
Por outro lado, é preciso saber que esse tipo de conta só facilita a vida, de fato, se as duas pessoas estiverem de acordo sobre a melhor forma de utilizá-la e se houver total transparência sobre as operações feitas individualmente. Nesse caso, os correntistas deverão estar preparados para lidar com uma perda da privacidade em relação aos seus recebimentos e aos seus gastos diários, que ficarão expostos. Outra desvantagem da conta conjunta é que os dois estarão mais vulneráveis em caso de furto ou sequestro relâmpago. “Em razão deste último motivo, recomenda-se que os casais com maior renda tenham duas contas conjuntas: uma só para investimentos e outra para as movimentações mensais da família”, orienta Cerbasi.
Assim, para que a conta conjunta seja eficiente, é fundamental que ambos se interessem e saibam apresentar e defender seus objetivos pessoais. “Deve-se respeitar os sonhos individuais e também os sonhos do casal. Também é importante ter um controle que deixe claro quanto será poupado para cada objetivo, para que ninguém se sinta prejudicado nesse interessante processo de construir sonhos”, finaliza Cerbasi.
Leia também o infográfico “Conta conjunta é a melhor opção para o casal”.